Aquilo que chamo de ‘eu’, nada passa de um aglomerado de células semelhantes agrupadas e constituindo essa matéria que vejo refletida no espelho.
Meus cabelos, leves e tão independentes, parecem não fazer parte de mim, enquanto durmo, eles viajam, mergulham nesse mundo que me protege e mostram um pouquinho dele. Não preciso olhar, só me basta sentir. Tenho medo de abrir os olhos e me afogar, e me afogando acordar em um mundo menos estranho, porém muito mais perigoso, aquele comum a todos.
Comum a todos? Pode ser. Mas igualmente familiar... isso nem tanto.
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