Quando sonhamos, podemos retornar à nossas visões infantis, nada precisa ter relação lógica, damos a cada imagem o tamanho que a nós parece convir, o minúsculo pode se tornar gigante; e o gigante, invisível.A beleza do sonho está na possibilidade de criar um mundo totalmente desregrado, ter o poder de percorrer os objetos e tornar suas superfícies invisíveis, sentindo as vibrações do seu interior ou, percorrer a si mesmo e desvendar cada dobra oculta do seu íntimo.
“Pegar um microscópio composto e perceber que a sua gota de vinho é no fundo um mar Vermelho, que a poeira da asa das borboletas é uma plumagem de pavão, o bolor um campo de flores e a areia uma porção de pedras preciosas.” (BACHELARD, 1990, p. 16)
Meu trabalho parte deste ponto: a visão microscópica. De como desconhecemos nosso próprio corpo, tanto no sentido físico como psicológico.
Nesse momento eu apenas experimentava... muitas manchas, muita sujeira, desproporções... tentando descobrir algo que ainda não sabia ao certo que rumo seguiria. É assim que se comomeça...
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