


Que limite separa meu corpo da natureza que o sustenta? Que limite determina o que em meu mundo é real e o que é ilusão?
Costumamos chamar de real as coisas que nossos órgãos dos sentidos nos permitem perceber, mas viajando microscopicamente por entre as células dos corpos, descobrimos paisagens reais que nossos olhos nunca ousaram nos mostrar.
Essa série de fotografias parte de tais divagações para representar macroscopicamente desenhos de vegetais que produzo com inspiração na estética microscópica do tecido animal.
Utilizando-me da transparência do vidro, crio desenhos que se projetam virtualmente nos corpos posicionados próximos a ele. As fotografias retratam fragmentos de um corpo que tem em si projetado paisagens surgidas de sua própria realidade invisível. A paisagem representa o real, o corpo representa o real, ou ambos são ilusão?
Quantas realidades podem existir além de nossas percepções? Permita-se viver o irreal.
A obra Paisagens reais em corpos virtuais de Paisagens reais em corpos virtuais I foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição - Proibição de Obras Derivadas 3.0 Não Adaptada.
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